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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Crianças são maioria entre vítimas de intoxicação, diz pesquisa

Importante repassar esta informação.........

Quando se trata de intoxicações, as crianças são as maiores vítimas e as casas onde vivem, verdadeiros campos minados. Um raio-x dos casos registrados no estado do Rio de 2006 a 2007, feito pelo Centro de Controle de Intoxicações do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), revelou que, em 38% dos atendimentos, os medicamentos são a principal causa, seguidos por produtos como água sanitária e detergentes. O fácil alcance a esses agentes químicos faz com que crianças de até 9 anos protagonizem 54% dos 3.666 casos registrados.“Faltam campanhas educativas. Por mais que você fale para não deixar medicamentos e outros produtos nocivos ao alcance, as pessoas não acreditam no risco”, explica a toxicologista Lília Ribeiro Guerra, coordenadora clínica do Centro de Controle de Intoxicações, hoje o único em funcionamento no estado.
Letra de médico
Quando se trata de medicamentos, a intoxicação pode ser acidental, como quando uma criança toma meio vidro de xarope como se fosse um refrigerante. Mas, segundo Lília, são comuns também os erros na administração, seja porque os pais deram uma dose maior sem acompanhamento médico ou porque a letra do médico na receita é ilegível. “Os pais devem exigir do médico a letra legível. Às vezes, até o balconista pode trocar o medicamento por não entender. Outro risco é administrar o remédio no escuro”, explica. Gisele Gonçalves Pereira, dona-de-casa de 27 anos, é uma das que nunca entende o que está escrito nas prescrições de remédios de seus filhos Natan, de 1 ano, e Andrew, de 3. “Peço ao médico para ler a receita para mim, para entender o que está escrito e saber na hora de comprar”, conta. Os números revelam que, na maioria dos casos (52%), a intoxicação é acidental. E, na hora do desespero, as famílias contam com um serviço 24 horas, pouco divulgado, espalhado pelos quatro cantos do país: os Centros de Informações e Assistência Toxicológica. Até maio deste ano, o estado do Rio contava com dois, um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o ligado à UFF.
O primeiro fechou as portas por falta de verbas e o segundo herdou o dobro de trabalho.Dúvidas são tiradas por telefone, dia e noitePelo telefone, uma equipe fornece dia e noite orientações sobre intoxicações, tirando dúvidas como que substâncias podem ser consumidas por gestantes e orientando a população em casos de emergências. Segundo o toxicologista clínico Luiz Querino, que fundou o centro de Niterói em 1989, há emergências como crianças que tomaram o anticoncepcional da mãe, quebraram um termômetro na boca ou beberam água sanitária.
“A rede presta serviço à comunidade médica e a leigos sobre intoxicações. Esses centros foram criados para prover essa informação. É preciso ressaltar a importância dos centros no esclarecimento da população mais iletrada, analfabeta. É muito difícil a pessoa entender o que está escrito na bula dos remédios”, explica Querino.
Ingestão de chumbinho e picada de escorpião
Por dia, segundo Lília, o centro que funciona dentro do Hospital Antônio Pedro, em Niterói, recebe cerca de 30 ligações. Boa parte é para o atendimento a médicos, que são orientados não só na hora de confirmar um diagnóstico de intoxicação, como recebem ainda informações de como tratar, que exames fazer e o tempo de internação necessário. Já os acidentes com crianças, liderados pelos medicamentos, incluem ainda a ingestão de chumbinho e picadas de aranha, escorpião e até jararaca. “Já recebemos ligação até dos Estados Unidos, de uma médica brasileira. Seu filho tinha consumido uma substância e ela não conseguia informação em lugar nenhum. Mas conhecia o nosso serviço e ligou para nós”, conta Lília.
Sem recursos financeiros
O centro de toxicologia de Niterói é um dos 35 espalhados pelo país. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses centros começaram a surgir ao longo da década de 70, por iniciativas particulares e desvinculadas de qualquer política pública dos órgãos de saúde brasileiros. Eles passaram a formar uma rede em 2005, sob a coordenação da agência. De lá para cá, a luta é por soluções para a precariedade de muitos centros como o da UFRJ, que fechou as portas pela falta de recursos humanos e financeiros. “Apesar de todas as iniciativas de sensibilização de diferentes serviços do Ministério da Saúde e das secretarias de Saúde estaduais e municipais, uma das principais batalhas que estamos conduzindo é a da sobrevivência desses centros e sua adequação às necessidades da população”, explica Heloísa Rey Farza, coordenadora da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica.
No país, quase 108 mil casos por ano
Em 2006, foi criado um Sistema Nacional de Notificações, com o objetivo de melhorar o registro de casos de intoxicação no país. Os dados nacionais têm características semelhantes às do estado do Rio. Os últimos números disponíveis são de 2006, quando foram registrados 107.958 casos de intoxicação humana.
Os principais agentes tóxicos que causaram intoxicações foram os medicamentos (30,5%), os animais peçonhentos (19,9%) e os domissanitários (11%), que incluem produtos como água sanitária e detergentes.
As crianças menores de 5 anos são vítimas em 24,1% do total de casos no país, enquanto os adultos de 20 a 29 anos respondem por 18,9%, e os de 30 a 39 anos, por 13,6% dos casos.
Como ligar
O Disque-intoxicação (0800-722-6001) funciona 24 horas por dia. O número pode ser discado de qualquer região do país e a ligação é direcionada para o centro mais próximo. Segundo a médica Lília Guerra, é importante ter em mãos o rótulo do produto e dados sobre a sua composição química ao ligar para o serviço. Em casos de acidentes, deve-se identificar ainda o horário em que ocorreu e a quantidade que foi ingerida.
(Fonte: G1)

sábado, 6 de setembro de 2008

Metais tóxicos são encontrados em medicamentos

Pessoas que compram medicamentos ayurvédicos, comumente utilizados ao redor do mundo por indianos e outros povos do sul da Ásia, podem estar levando mais do que esperavam.

Pesquisadores examinaram quase 200 produtos ayurvédicos, comprados nos Estados Unidos, e concluíram que cerca de um quinto deles continha chumbo, mercúrio ou arsênio, às vezes em níveis altamente perigosos.

Na edição de 27 de agosto do periódico The Journal of the American Medical Association, os pesquisadores recomendaram que as agências reguladoras estabeleçam limites de dosagem diária para metais tóxicos em suplementos dietéticos e obriguem os fabricantes a testar seus produtos para que estejam em conformidade com tais padrões.

Os pesquisadores colocam em dúvida a crença, sustentada pelos praticantes de rasa shastra, de que os metais não causam danos quando o preparo do medicamento é correto.

Tradução: Amy Traduções