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domingo, 23 de novembro de 2008

Agrotóxicos que não deveriam ser utilizados.....

Sobre alface, venenos e togas Colunista explica a lógica perversa por trás da liberação de agrotóxicos proibidos em outros países.

No texto inaugural desta coluna, abordamos, entre outros temas, o padrão conhecido como porta-giratória, em que ex-executivos de um setor da indústria são contratados pela agência governamental reguladora daquele setor e vice-versa. Tudo isso num ambiente que, até recentemente, era de forte pressão pela desregulamentação, levando a decisões que tendem a favorecer os interesses da indústria.
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No mesmo texto, tomamos também como exemplo a agricultura comercial e seus insumos químicos. E não é que o noticiário nos trouxe, pouco depois disso, uma eloqüente ilustração dos pontos acima?
Primeiro, no início de novembro, ficamos sabendo que a nossa querida e tradicional farinha láctea foi objeto de recall nos Estados Unidos por conter “potenciais resíduos” de um pesticida usado em plantações de milho no Brasil, mas proibido nos EUA. Os níveis de tais resíduos estão, no entanto, dentro dos padrões brasileiros. Ah, bom! Mas caberia ao leigo se perguntar: o que há de diferente nas pragas e no metabolismo humano lá e cá? Por que esse pesticida foi banido lá e ainda é considerado seguro ou aceitável aqui? Um dos principais motivos é que as agências reguladoras dos países desenvolvidos estabelecem cronogramas diferentes para a suspensão do uso doméstico e da fabricação! Essa orientação é naturalmente voltada para a exportação para países com normas mais brandas. Não é difícil imaginar os esforços das indústrias para manter essas normas como estão, garantindo uma sobrevida comercial ao produto e o escoamento dos estoques acumulados em função da suspensão da comercialização e do uso nos seus países-sede.
Proibição e importação
Os dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior mostram claramente o aumento da importação brasileira de agrotóxicos à medida que eles são proibidos em outros países. Exemplos são o paration metílico, que foi banido na China em 2006 e cuja importação pelo Brasil duplicou no ano seguinte, e o carbofuran, proibido na Europa desde 2005, e cuja importação também dobrou. Este é um processo perverso, em que se atribui silenciosamente um valor monetário à vida, já que um certo aumento de morbidade e mortalidade em um local do planeta terá como contraponto a manutenção de empregos e lucros em outro.
Estava eu ainda sondando os mistérios das variações temporais e longitudinais da toxicologia humana quando, no dia 9 de novembro, topei com outro exemplo que parecia saído por encomenda. Em matéria para O Globo, Evandro Eboli relatava como a justiça impediu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de analisar agrotóxicos, graças a pareceres favoráveis da pasta da Agricultura e a liminares obtidas por empresas envolvidas com a questão.
Estão em jogo doze produtos que são matéria-prima para fabricar uma centena de agrotóxicos usados em lavouras de cereais, frutas, legumes e verduras e que foram banidos nos EUA, na União Européia, no Japão e na China.
Os técnicos da Anvisa conseguiram concluir a análise de dois ingredientes. No caso da cihexatina, muito usada em lavouras de cítricos, testes com ratos, camundongos e coelhos revelaram malformação fetal, risco de aborto e danos à pele, à visão e ao fígado, o que levou à recomendação de banir seu uso no país. O acefato também foi testado pelos técnicos da Anvisa. Mas liminares da 6ª Vara do Distrito Federal proibiram a agência de adotar qualquer medida restritiva contra produtos contendo cihexatina e mesmo de divulgar os resultados de seus estudos.

Continue lendo em:
http://cienciahoje.uol.com.br/132963

Jean Remy Guimarães
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro

sábado, 22 de novembro de 2008

Resíduos tóxicos....

"O armazenamento de resíduos do pesticida Endosulfan está totalmente inadequado, representando risco iminente de vazamento para o meio ambiente. A empresa também responderá por omissão, uma vez que os proprietários não comunicaram o vazamento, em tempo ágil, às autoridades ambientais", disse a secretária do Ambiente, Marilene Ramos em Rezende-RJ. Os diretores da empresa Servatis serão ouvidos semana que vem na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e podem ser indiciados por crime ambiental. Até a noite desta sexta-feira o Estado não conseguiu encontrar os proprietários da empresa para falar sobre o acidente. A empresa foi multada em R$ 10 milhões pelo vazamento de 1.500 litros de pesticida Endosulfan no rio Pirapetinga, afluente do Paraíba do Sul, que contaminou o rio e provocou mortandade de peixes, na segunda-feira (17).

(Fonte: Estadão Online)

domingo, 9 de novembro de 2008

O TÓXICO DA ALMA

Interessante este texto.....

Especialistas em comportamento humano dizem que o ciúme exagerado exibido durante a fase de namoro tende a se agravar após o casamento. Nenhum casal, portanto, deverá se iludir que por começar uma vida mais próxima poderá tornar mais amena a ira desse monstro do amor que Sócrates definiu como a dor da alma.
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Na sua incoerente caminhada vai cravando dardos envenenados nas paredes de uma alma sensível, inocente, que alem de amar, apenas ansiava o direito de ser livre e que não aceita o fel gerado por uma exagerada desconfiança e nega-se a obedecer a um comando desordenado que governa afastado da lucidez, do bom senso, da coerência amorosa. Infelizmente, o ciúme, esse tóxico da alma, continua fazendo suas vitimas, podando fantasias, a correria da felicidade. O mais cruel de tudo é que na maioria das vezes o portador do ciúme doentio não se dá conta da sua tirania e acaba por findar uma união que vivia momentos apaixonados, de indescritíveis desejos, e transforma em pesadelos o sonho prateado de um casamento, de uma doce cumplicidade, de uma vida a dois vestida com a cor do êxtase. Como o amor é sentimento de aproximação e, logicamente não nasceu para tirar a serenidade da alma e do coração, o ciúme passa a ser um intruso, um indesejável vilão que rouba a alegria que faz surgir o riso, o olhar que se enternece com os segredos de um novo amanhecer.

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para ler o texto na íntegra clique em:
http://www.overmundo.com.br/banco/o-toxico-da-alma