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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Tratamento de água sustentável ?

Uma forma de tratar a água de processos industriais com cinzas de carvão provenientes de usinas termelétricas foi desenvolvida por uma pesquisadora do Centro de Química e Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). As cinzas passam por um tratamento para se transformar em material adsorvente, capaz de reter os metais tóxicos dos efluentes poluídos. O novo método de despoluição foi testado com sucesso em laboratório e já existem esforços para que a substância absorvente seja produzida e usada em escala industrial.
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Para conseguir reter os poluentes, as cinzas de carvão precisam ser expostas a altas temperaturas em um meio de alto pH (tratamento hidrotérmico alcalino). Após esse processo, a cinza se transforma em material zeolítico, que apresenta características adsorventes essenciais para o tratamento de efluentes. “Ele pode ser considerado uma mistura de cinzas de carvão e zeólita (mineral formado de sílica e alumina encontrado na natureza)”, explica. Esse material é capaz de eliminar da água principalmente os íons metálicos tóxicos (como zinco, cádmio, chumbo, cobre, magnésio, ferro, manganês, bário, alumínio, mercúrio, telúrio, césio, estrôncio, cromo e níquel), mas também é eficaz para reter algumas substâncias orgânicas, amônia e corantes.
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A química acrescenta que a eficiência do tratamento depende do grau de contaminação da água. “Se a concentração de poluentes não for muito alta, o efluente apresentará, após o tratamento com o material zeolítico, um nível de poluição dentro dos limites permitidos para descarte em corpos d’água pela legislação brasileira.” Segundo Fungaro, as indústrias já realizam outros tipos de tratamento, porque não é permitido descartar a água contaminada no ambiente. “Mas a substituição do método usado atualmente pela zeólita de cinzas de carvão representará uma diminuição de custos”, completa.

Franciane Lovati
Ciência Hoje On-line

Se quiser ler a matéria na integra acesse:
http://cienciahoje.uol.com.br/60723