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terça-feira, 29 de abril de 2008

Aspectos toxicológicos sobre o uso do plástico reciclado para contato direto com alimentos.

O retorno do plástico reciclado para a aplicação em embalagens alimentícias implica em assegurar risco mínimo à saúde pública e o não comprometimento das propriedades organolépticas do produto envasado.
A principal preocupação sobre o uso do plástico reciclado para essa aplicação é proveniente da presença de substâncias desconhecidas, as quais podem potencialmente migrar da embalagem para o alimento. Nesse cenário, o estudo das principais fontes de contaminação das embalagens plásticas pós-consumo assume um papel importante no estabelecimento de um critério que assegure a segurança do reciclado em aplicações para contato com alimentos.
Uma vez que há uma grande diversidade de fontes de contaminantes antes e após a disposição final desse material, a avaliação de processos de reciclagem com relação a sua aptidão em produzir plástico reciclado para contato com alimentos normalmente é realizada através do uso de contaminantes modelo sob condições padronizadas. Os grandes desafios para a escolha dos contaminantes modelo advém da vasta quantidade de compostos orgânicos que podem representá-los nas vias reais de contaminação, das dificuldades analíticas e da escassez de dados de difusão e solubilidade desses contaminantes orgânicos em polímeros.
Como as fontes de contaminação normalmente possuem formulações universais e diferem apenas nas proporções e combinações dos ingredientes, os contaminantes modelo podem ser mundialmente unificados independente do país em que as tecnologias de reciclagem venham a ser avaliadas. No entanto, o uso de coeficientes de segurança deve ser incluído e considerado imprescindível, visto a dificuldade em reproduzir as especificidades das vias reais de contaminação.
Com o objetivo de descrever o estado da arte quanto aos aspectos supracitados, neste documento foram apresentados comentários relacionados às fontes reais de contaminação de plástico pós-consumo e às exigências necessárias para avaliar capacidade de processos de reciclagem em produzir plástico reciclado para contato com alimentos.
Unitermos: contaminantes modelo, carcinogênicos, plástico reciclado, embalagens de alimentos.

Fonte: http://www.sbtox.org.br/

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Antioxidantes e seus mecanismos

Fonte: Agência Fapesp

Nos últimos anos, vários estudos in vivo têm mostrado que um radical livre conhecido como tempol possui a capacidade de desativar oxidantes agressivos para os organismos, protegendo-os de doenças associadas a processos inflamatórios. Mas, embora tenha sido constatada, essa propriedade não poderá ser utilizada para o desenvolvimento de terapias enquanto seus mecanismos não forem desvendados. Um novo estudo realizado por pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) aponta caminhos para o conhecimento desses processos. A pesquisa, realizada por Ohara Augusto e Sandra Vaz, do Departamento de Bioquímica do Insituto de Química (IQ) da USP, terá seus resultados publicados nesta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas). De acordo com Ohara, admite-se atualmente que a maioria das doenças tem importante componente inflamatório. A proposta do trabalho, de pesquisa básica, era ampliar o conhecimento sobre os eventos moleculares que acirram as lesões nos tecidos causadas por esses processos inflamatórios.
“Quando se amplia esse conhecimento, estabelecem-se bases mais sólidas para desenvolver novas abordagens terapêuticas para o tratamento de doenças tão diferentes como derrame, asma ou esclerose múltipla”, disse à Agência FAPESP.
A pesquisa, toda feita in vitro, utilizando experimentos em tubos de ensaio, computadores e simulações, procurou compreender a capacidade do tempol para agir como um protetor in vivo. “Essa ação havia sido constatada há muito tempo em muitos estudos internacionais em modelos animais”, disse a professora titular da USP, cujo grupo publicou, no início do ano, uma revisão sobre o assunto nos anais da Academia Brasileira de Ciências (ABC). O tempol é um radical livre externamente estável sintetizado na década de 1970 por cientistas russos. Desde 2002 os pesquisadores da USP procuram compreender os mecanismos de ação desse cristal laranja que é considerado um antioxidante não-clássico.
“Falamos muito da esperança de terapias com base em antioxidantes como vitamina C ou betacaroteno. Mas, quando recorremos à literatura, o que conseguimos é uma grande frustração”, disse a autora do livro Radicais Livres: Bons, Maus e Naturais, lançado em 2006.

Derivado nacional

Segundo Ohara, todos os estudos clínicos com esses antioxidantes clássicos falharam. Houve pouco impacto em doenças de vários tipos, principalmente nas cardiovasculares, que são mais estudadas. Por razões científicas, os pesquisadores decidiram focar os estudos nos antioxidantes não-clássicos. “Comecei a estudar a interação do tempol com a enzima conhecida como mieloperoxidase, que é de grande relevância em processos inflamatórios. Os níveis circulantes dessa enzima têm sido usados como marcador de risco de doenças cardiovasculares”, afirmou. A mieloperoxidase (MPO) é importante para a defesa imune inata. Sendo abundante em células do sistema imune, é efetiva contra microganismos invasores, como bactérias. Mas, por eliminar esses organismos, produz oxidantes e, em determinadas circunstâncias, a oxidação lesa os tecidos. 'Estudamos como o tempol inibe a nitração de proteínas mediada pela MPO. Esse processo químico, quando ocorre em nossos organismos, indica que está havendo uma superprodução de óxido nítrico. O que fizemos foi estudar detalhadamente esse mecanismo. A conclusão foi que o efeito protetor do tempol ocorre principalmente porque ele consegue desativar os oxidantes produzidos pela MPO”, explicou. Com os resultados, a professora da USP deverá apresentar ao Instituto do Milênio Redoxoma, coordenado por ela, uma proposta para o desenvolvimento de um derivado nacional do tempol, que é um produto patenteado. “A estratégia seria modificar a molécula do tempol de forma que mantivesse o mesmo grupo químico. Ao compreender bem as reações poderíamos fazer um desenho mais racional de terapia. Além do efeito denitróxido, seria interessante direcionar o composto para se ligar na enzima e tentar impedir que alguns oxidantes se formassem”, apontou.
O problema atualmente, segundo Ohara, é direcionar o composto para que ele não tenha outros efeitos. “O tempol é um radical livre que oxida muito rapidamente e reage com inúmeras substâncias em uma velocidade enorme. É efetivo para desativar os oxidantes, mas é preciso saber se haverá outros efeitos também”, disse. O artigo Inhibition of myeloperoxidase-mediated protein nitration by tempol: Kinetics, mechanism and implication, de Ohara Augusto e Sandra Vaz, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em http://www.pnas.org/

sábado, 19 de abril de 2008

Indicações e limites das análises toxicológicas para substâncias psicoativas.

O consumo de substâncias psicoativas no Brasil avoluma-se a cada ano, constituindo um grave problema de saúde pública e exigindo a aplicação de recursos para minimizá-lo, sendo a prevenção a melhor estratégia para evitar determinado problema. Os esforços preventivos, porém, não devem restringir-se apenas à realização de análises toxicológicas para verificar o uso de drogas.
Para a real eficácia da prevenção, são necessárias três etapas distintas: agente (substância psicoativa), ambiente (comportamento social) e hospedeiro (indivíduo consumidor).
Na intervenção ambulatorial para dependentes de cocaína (IAC) implantada no GREA IPq _ HCFMUSP, introduzimos a realização das análises com o objetivo de avaliar a confiabilidade do consumo de cocaína e a efetividade do tratamento.
As análises para detecção de substâncias psicoativas vêm ganhando destaque nas últimas três décadas. Este trabalho tem como intuito discutir indicações e limites nas análises toxicológicas e o principal objetivo de divulgar que estes procedimentos estão disponíveis, colocando a relação custo/benefício bastante positiva e ao alcance da sociedade.

Autores:
Silvia Akemi Odo1, Adriano C. Araújo1, Alessandra F. dos Santos1, Fernanda C. P. Toledo1, Maurício Yonamine1, Ovandir Alves Silva2, Marcos da Costa Leite3

1-Pós-graduando da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.

2-Professor responsável pelo LAT _ Laboratório de Análises Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.

3-Subsecretário (Tratamento e Prevenção) do SENAD, Secretaria Nacional Antidrogas, Brasília. Coordenador do IAC _ Intervenção Ambulatorial para Dependentes de Cocaína do GREA _ Grupo Multidisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do IPq-HC da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Continue Lendo em:
http://www.adroga.casadia.org/tratamento/analises_toxicologicas_para_substancias_psicoativas.htm

quinta-feira, 17 de abril de 2008

EUA temem riscos de substância presente em plástico

Uma substância química usada para fabricar mamadeiras e outros objetos de plástico pode estar ligada a uma série de problemas hormonais e a um aumento no risco de câncer, segundo um estudo preliminar divulgado por uma agência de saúde do governo americano.

O estudo do National Toxicology Program (NTP), ou Programa Nacional de Toxicologia, afirma que testes com animais realizados em laboratórios revelaram que pode haver uma ligação entre o bisphenol A e tumores pré-cancerosos, puberdade feminina precoce e mudanças comportamentais.

Usando um sistema com cinco níveis de classificação, a pesquisa classificou o resultado como representando "alguma preocupação", no meio da escala, abaixo de "preocupação séria" ou "preocupação" e concluiu que é necessário investigar mais os efeitos da substância.

"O que nós temos é um alerta, um sinal. Nós não podemos descartar a possibilidade de que efeitos semelhantes ou relacionados podem ocorrer em humanos", disse Mike Shelby, diretor do Centro para a Avaliação de Riscos à Reprodução Humana, que faz parte do NTP e que supervisionou o estudo.

"Nós esperamos que esse estudo leve o FDA (Food and Drug Administration) a reconhecer o quanto essa substância é tóxica e a forçar os fabricantes a estabelecer novos padrões de segurança", disse Anila Jacob, da organização não-governamental Environmental Working Group, ao The New York Times.

Mas o American Chemistry Council, que representa os fabricantes de produtos de plástico, disse ao jornal que o estudo "afirma que não há preocupações sérias em relação aos efeitos do bisphenol A".

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BBC BRASIL.com
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terça-feira, 15 de abril de 2008

Piolho e substâncias tóxicas...

A presença de piolhos e lêndeas em crianças em idade pré-escolar e escolar é um problema para pais e responsáveis e para tentar eliminar o inseto parasita, muitos acabam utilizando substâncias não recomendadas.
Foi o que aconteceu recentemente em Criciúma e agora serve de alerta. Uma menina de três anos de idade morreu depois de ser intoxicada por agrotóxico, na tentativa de combater piolhos.
A farmacêutica Vilmair Zancanaro, coordenadora do curso de Farmácia da Universidade do Contestado, campus Caçador e também responsável pelo Centro de Informações de Medicamentos (CIM), explica que a pediculose (piolhos) atinge pessoas de todas as classes sociais e sua incidência é maior na população infantil. De acordo com a Associação Brasileira de Pediculose, a única maneira comprovadamente eficaz para eliminar 100% de piolhos e lêndeas é o uso do pente fino associado a um pediculicida (medicamentos para piolhos) garantido pelo Ministério da Saúde. "O pior inimigo não é o piolho, mas a lêndea. O melhor pediculicida (medicamento) não mata mais que 60% das lêndeas.
A maneira mais simples e eficaz para combater os piolhos é o uso periódico do pente fino tanto para prevenir, como para eliminar lêndeas e piolhos", destaca.
SAIBA- Os piolhos são insetos que se alimentam de sangue humano. Seus ovos, chamados de lêndeas, são esbranquiçados e depositados no fio de cabelo. Quando os insetos se alimentam do sangue, injetam saliva com substâncias que impedem a coagulação do sangue, o que ocasiona a coceira. Nunca se deve utilizar inseticidas ou qualquer substância para eliminar os insetos, sem orientação médica. Na Primavera e Verão são mais comuns os casos de piolho, pois os insetos preferem estações quentes. No Outono e Inverno existe menor incidência de casos.
PREVENÇÃO - Os piolhos se proliferam em ambientes quentes e úmidos. Mas, ao contrário do que se imagina, sua incidência não tem relação direta com a higiene. A pediculose também não respeita barreiras sociais, econômicas ou geográficas e tem alcançado uma proliferação surpreendente, como demonstra o aumento, ano a ano, das vendas de piolhicidas no país.Assim como acontece com as bactérias diante dos antibióticos, os piolhos tornam-se resistentes aos medicamentos, razão das constantes mudanças que os laboratórios fazem em suas fórmulas. As pesquisas têm procurado encontrar um produto eficaz contra os piolhos, mas até que os resultados não se concretizem, o exame periódico da cabeça das crianças e o uso do pente fino é a melhor prevenção. Outro ponto importante é o fato de que os medicamentos contêm substâncias tóxicas.
Todo produto medicinal, toda droga, pode conter certa toxicidade. A reação a ela varia de indivíduo para indivíduo. "Alguns produtos, se utilizados sem controle, podem causar sérios problemas. Se usados em excesso e por um longo período, ao serem absorvidos podem causar até mesmo danos ao sistema nervoso central", destaca Vilmair. No caso dos pediculicidas, podem surgir, por exemplo, irritações cutâneas ou da mucosa ocular. Os especialistas recomendam o uso de espumas - que não escorrem-, ou uma toalha para proteger olhos, boca e ouvidos durante a aplicação dos medicamentos. "O pente fino é o método mais simples e totalmente natural na eliminação de piolhos e lêndeas, não causando alergias ou intoxicação de qualquer espécie", reforça.
PENTE- Alguns benefícios do uso do pente fino e a eliminação total das lêndeas, quebrando assim o ciclo biológico do parasita: Impede a auto-reinfestação e a transmissão a outros; Elimina ou diminui a necessidade eventual de um segundo tratamento, limitando a exposição de crianças muito pequenas e lactantes aos pesticidas; Potencializa a eficácia dos pediculicidas, ao permitir o uso de produtos menos tóxicos; A difusão de práticas para a eliminação de lêndeas obriga a uma observação periódica e metódica da cabeça das crianças. Este é o melhor método de prevenção da pediculose.
"Piolho não se mata com agrotóxico"
A professora da UnC Caçador alerta que a exposição humana a substâncias tóxicas, incluindo agrotóxicos e raticidas, pode levar a danos irreversíveis no organismo ou até ao óbito, tornando-se um grave problema de saúde pública. "Os agrotóxicos são substâncias que podem oferecer perigo para o ser humano, dependendo da toxicidade, do grau de contaminação e do tempo de exposição durante sua aplicação", explica.Segundo ela, o uso incorreto de medicamentos e de agrotóxicos para matar piolhos pode ocasionar internações hospitalares com sintomas de intoxicação. Agrotóxicos e inseticidas têm substâncias químicas que são absorvidas pela pele com rapidez, de acordo com especialistas. Cada minuto com o produto na cabeça aumenta o perigo. "Casos graves de intoxicação podem levar à morte. É o que está acontecendo com várias crianças em todo o país, onde os pais então aplicando agrotóxicos para matar piolhos.
As unidades e postos de saúde dispõem de medicação gratuita no tratamento contra piolhos (pediculose). O medicamento é vendido sob prescrição médica", orienta.
Pelo menos 18 crianças com piolhos foram envenenadas pelo tratamento indevido com agrotóxicos, no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados do Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina.
As autoridades sanitárias de Santa Catarina devem sugerir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) medidas mais rigorosas na venda de agrotóxicos para evitar novos casos de intoxicação.
Sintomas de intoxicação
Intoxicação aguda: náuseas, tonturas, vômitos, desorientação, dificuldade respiratória, sudorese e salivação excessiva, diarréia, chegando até coma e morte.
Intoxicação crônica: distúrbios comportamentais como irritabilidade, ansiedade, alteração do sono e da atenção, depressão, cefaléia (dor de cabeça), fadiga (cansaço), parestesias (formigamentos), etc.
"Todos os agrotóxicos são potencialmente perigosos, podem causar danos à saúde das pessoas, animais e ao meio ambiente. É a classe de produto que mais leva a óbito, por isso, tome cuidado. Em caso de dúvida consulte um especialista ou se perceber algum sintoma após exposição, procure ajuda médica o mais rápido possível", enfatiza a profissional.

Informações obtidas no site: http://www.cdr.unc.br/

domingo, 13 de abril de 2008

Redes Virtuais com temas sobre Toxicologia

As novas tecnologias estão a serviço da divulgação da ciência, e prova disso é que existem duas redes virtuais sobre temas de toxicologia; uma administrada pela OPAS e outra pela AETOX (Associacion Espanhola de Toxicologia).

http://www.cepis.ops-oms.org

Informação obtida do site da SBTOX: http://www.sbtox.org.br/

sábado, 12 de abril de 2008

1o. Congresso sobre Drogas e Dependências

A ABRAMD - Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas, realizará de 31 de julho a 2 agosto de 2008 , no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, o 1° Congresso sobre Drogas e Dependências.

http://www.abramd.org.br/

outras informações também podem ser conferidas no site: http://www.sbtox.org.br