quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Tratamento de água sustentável ?
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Para conseguir reter os poluentes, as cinzas de carvão precisam ser expostas a altas temperaturas em um meio de alto pH (tratamento hidrotérmico alcalino). Após esse processo, a cinza se transforma em material zeolítico, que apresenta características adsorventes essenciais para o tratamento de efluentes. “Ele pode ser considerado uma mistura de cinzas de carvão e zeólita (mineral formado de sílica e alumina encontrado na natureza)”, explica. Esse material é capaz de eliminar da água principalmente os íons metálicos tóxicos (como zinco, cádmio, chumbo, cobre, magnésio, ferro, manganês, bário, alumínio, mercúrio, telúrio, césio, estrôncio, cromo e níquel), mas também é eficaz para reter algumas substâncias orgânicas, amônia e corantes.
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A química acrescenta que a eficiência do tratamento depende do grau de contaminação da água. “Se a concentração de poluentes não for muito alta, o efluente apresentará, após o tratamento com o material zeolítico, um nível de poluição dentro dos limites permitidos para descarte em corpos d’água pela legislação brasileira.” Segundo Fungaro, as indústrias já realizam outros tipos de tratamento, porque não é permitido descartar a água contaminada no ambiente. “Mas a substituição do método usado atualmente pela zeólita de cinzas de carvão representará uma diminuição de custos”, completa.
Franciane Lovati
Ciência Hoje On-line
Se quiser ler a matéria na integra acesse:
http://cienciahoje.uol.com.br/60723
domingo, 23 de novembro de 2008
Agrotóxicos que não deveriam ser utilizados.....
No texto inaugural desta coluna, abordamos, entre outros temas, o padrão conhecido como porta-giratória, em que ex-executivos de um setor da indústria são contratados pela agência governamental reguladora daquele setor e vice-versa. Tudo isso num ambiente que, até recentemente, era de forte pressão pela desregulamentação, levando a decisões que tendem a favorecer os interesses da indústria.
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No mesmo texto, tomamos também como exemplo a agricultura comercial e seus insumos químicos. E não é que o noticiário nos trouxe, pouco depois disso, uma eloqüente ilustração dos pontos acima?
Primeiro, no início de novembro, ficamos sabendo que a nossa querida e tradicional farinha láctea foi objeto de recall nos Estados Unidos por conter “potenciais resíduos” de um pesticida usado em plantações de milho no Brasil, mas proibido nos EUA. Os níveis de tais resíduos estão, no entanto, dentro dos padrões brasileiros. Ah, bom! Mas caberia ao leigo se perguntar: o que há de diferente nas pragas e no metabolismo humano lá e cá? Por que esse pesticida foi banido lá e ainda é considerado seguro ou aceitável aqui? Um dos principais motivos é que as agências reguladoras dos países desenvolvidos estabelecem cronogramas diferentes para a suspensão do uso doméstico e da fabricação! Essa orientação é naturalmente voltada para a exportação para países com normas mais brandas. Não é difícil imaginar os esforços das indústrias para manter essas normas como estão, garantindo uma sobrevida comercial ao produto e o escoamento dos estoques acumulados em função da suspensão da comercialização e do uso nos seus países-sede.
Proibição e importação
Os dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior mostram claramente o aumento da importação brasileira de agrotóxicos à medida que eles são proibidos em outros países. Exemplos são o paration metílico, que foi banido na China em 2006 e cuja importação pelo Brasil duplicou no ano seguinte, e o carbofuran, proibido na Europa desde 2005, e cuja importação também dobrou. Este é um processo perverso, em que se atribui silenciosamente um valor monetário à vida, já que um certo aumento de morbidade e mortalidade em um local do planeta terá como contraponto a manutenção de empregos e lucros em outro.
Estava eu ainda sondando os mistérios das variações temporais e longitudinais da toxicologia humana quando, no dia 9 de novembro, topei com outro exemplo que parecia saído por encomenda. Em matéria para O Globo, Evandro Eboli relatava como a justiça impediu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de analisar agrotóxicos, graças a pareceres favoráveis da pasta da Agricultura e a liminares obtidas por empresas envolvidas com a questão.
Estão em jogo doze produtos que são matéria-prima para fabricar uma centena de agrotóxicos usados em lavouras de cereais, frutas, legumes e verduras e que foram banidos nos EUA, na União Européia, no Japão e na China.
Os técnicos da Anvisa conseguiram concluir a análise de dois ingredientes. No caso da cihexatina, muito usada em lavouras de cítricos, testes com ratos, camundongos e coelhos revelaram malformação fetal, risco de aborto e danos à pele, à visão e ao fígado, o que levou à recomendação de banir seu uso no país. O acefato também foi testado pelos técnicos da Anvisa. Mas liminares da 6ª Vara do Distrito Federal proibiram a agência de adotar qualquer medida restritiva contra produtos contendo cihexatina e mesmo de divulgar os resultados de seus estudos.
Continue lendo em:
http://cienciahoje.uol.com.br/132963
Jean Remy Guimarães
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro
sábado, 22 de novembro de 2008
Resíduos tóxicos....
(Fonte: Estadão Online)
domingo, 9 de novembro de 2008
O TÓXICO DA ALMA
Especialistas em comportamento humano dizem que o ciúme exagerado exibido durante a fase de namoro tende a se agravar após o casamento. Nenhum casal, portanto, deverá se iludir que por começar uma vida mais próxima poderá tornar mais amena a ira desse monstro do amor que Sócrates definiu como a dor da alma.
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Na sua incoerente caminhada vai cravando dardos envenenados nas paredes de uma alma sensível, inocente, que alem de amar, apenas ansiava o direito de ser livre e que não aceita o fel gerado por uma exagerada desconfiança e nega-se a obedecer a um comando desordenado que governa afastado da lucidez, do bom senso, da coerência amorosa. Infelizmente, o ciúme, esse tóxico da alma, continua fazendo suas vitimas, podando fantasias, a correria da felicidade. O mais cruel de tudo é que na maioria das vezes o portador do ciúme doentio não se dá conta da sua tirania e acaba por findar uma união que vivia momentos apaixonados, de indescritíveis desejos, e transforma em pesadelos o sonho prateado de um casamento, de uma doce cumplicidade, de uma vida a dois vestida com a cor do êxtase. Como o amor é sentimento de aproximação e, logicamente não nasceu para tirar a serenidade da alma e do coração, o ciúme passa a ser um intruso, um indesejável vilão que rouba a alegria que faz surgir o riso, o olhar que se enternece com os segredos de um novo amanhecer.
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para ler o texto na íntegra clique em:
http://www.overmundo.com.br/banco/o-toxico-da-alma
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Câncer envenenado....
Segundo ela, a literatura científica internacional indica que toxinas presentes em diversos organismos são eficientes para diminuir a proliferação de células tumorais in vivo e in vitro. Isso levou o grupo, que trabalha com a genética do câncer desde 1996, a investigar os efeitos da toxina da jararaca sobre tecidos cancerosos.
“Estudamos culturas de células de melanoma tratadas com a jararagina, uma das toxinas que compõem o veneno da jararaca. Tivemos uma série de resultados, incluindo uma significativa inibição da proliferação do tumor”, disse Itamar à Agência Fapesp.
A pesquisadora afirma que o grupo está testando os efeitos da toxina na morfologia, adesão, migração e invasão celular. Em todos os casos, segundo ela, os resultados são promissores. O tratamento mostrou uma importante redução das metástases. “No entanto, ainda falta um longo caminho para que essas pesquisas resultem efetivamente em uma alternativa para o tratamento da doença”, afirmou.
O trabalho é feito em parceria com a Divisão de Ciências Fisiológicas e Químicas, que extrai a jararagina do veneno das serpentes do Instituto Butantan. “O veneno das serpentes é uma sopa de vários tipos de substâncias que produz um efeito anestésico e degrada os tecidos. A jararagina é uma proteína que faz parte dessa sopa”, explicou Itamar.
..........................continue lendo no link: http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=41149
(Fonte: Fábio de Castro/ Agência Fapesp)
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Crianças são maioria entre vítimas de intoxicação, diz pesquisa
Quando se trata de intoxicações, as crianças são as maiores vítimas e as casas onde vivem, verdadeiros campos minados. Um raio-x dos casos registrados no estado do Rio de 2006 a 2007, feito pelo Centro de Controle de Intoxicações do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), revelou que, em 38% dos atendimentos, os medicamentos são a principal causa, seguidos por produtos como água sanitária e detergentes. O fácil alcance a esses agentes químicos faz com que crianças de até 9 anos protagonizem 54% dos 3.666 casos registrados.“Faltam campanhas educativas. Por mais que você fale para não deixar medicamentos e outros produtos nocivos ao alcance, as pessoas não acreditam no risco”, explica a toxicologista Lília Ribeiro Guerra, coordenadora clínica do Centro de Controle de Intoxicações, hoje o único em funcionamento no estado.
Letra de médico
Quando se trata de medicamentos, a intoxicação pode ser acidental, como quando uma criança toma meio vidro de xarope como se fosse um refrigerante. Mas, segundo Lília, são comuns também os erros na administração, seja porque os pais deram uma dose maior sem acompanhamento médico ou porque a letra do médico na receita é ilegível. “Os pais devem exigir do médico a letra legível. Às vezes, até o balconista pode trocar o medicamento por não entender. Outro risco é administrar o remédio no escuro”, explica. Gisele Gonçalves Pereira, dona-de-casa de 27 anos, é uma das que nunca entende o que está escrito nas prescrições de remédios de seus filhos Natan, de 1 ano, e Andrew, de 3. “Peço ao médico para ler a receita para mim, para entender o que está escrito e saber na hora de comprar”, conta. Os números revelam que, na maioria dos casos (52%), a intoxicação é acidental. E, na hora do desespero, as famílias contam com um serviço 24 horas, pouco divulgado, espalhado pelos quatro cantos do país: os Centros de Informações e Assistência Toxicológica. Até maio deste ano, o estado do Rio contava com dois, um na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o ligado à UFF.
O primeiro fechou as portas por falta de verbas e o segundo herdou o dobro de trabalho.Dúvidas são tiradas por telefone, dia e noitePelo telefone, uma equipe fornece dia e noite orientações sobre intoxicações, tirando dúvidas como que substâncias podem ser consumidas por gestantes e orientando a população em casos de emergências. Segundo o toxicologista clínico Luiz Querino, que fundou o centro de Niterói em 1989, há emergências como crianças que tomaram o anticoncepcional da mãe, quebraram um termômetro na boca ou beberam água sanitária.
“A rede presta serviço à comunidade médica e a leigos sobre intoxicações. Esses centros foram criados para prover essa informação. É preciso ressaltar a importância dos centros no esclarecimento da população mais iletrada, analfabeta. É muito difícil a pessoa entender o que está escrito na bula dos remédios”, explica Querino.
Ingestão de chumbinho e picada de escorpião
Por dia, segundo Lília, o centro que funciona dentro do Hospital Antônio Pedro, em Niterói, recebe cerca de 30 ligações. Boa parte é para o atendimento a médicos, que são orientados não só na hora de confirmar um diagnóstico de intoxicação, como recebem ainda informações de como tratar, que exames fazer e o tempo de internação necessário. Já os acidentes com crianças, liderados pelos medicamentos, incluem ainda a ingestão de chumbinho e picadas de aranha, escorpião e até jararaca. “Já recebemos ligação até dos Estados Unidos, de uma médica brasileira. Seu filho tinha consumido uma substância e ela não conseguia informação em lugar nenhum. Mas conhecia o nosso serviço e ligou para nós”, conta Lília.
Sem recursos financeiros
O centro de toxicologia de Niterói é um dos 35 espalhados pelo país. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses centros começaram a surgir ao longo da década de 70, por iniciativas particulares e desvinculadas de qualquer política pública dos órgãos de saúde brasileiros. Eles passaram a formar uma rede em 2005, sob a coordenação da agência. De lá para cá, a luta é por soluções para a precariedade de muitos centros como o da UFRJ, que fechou as portas pela falta de recursos humanos e financeiros. “Apesar de todas as iniciativas de sensibilização de diferentes serviços do Ministério da Saúde e das secretarias de Saúde estaduais e municipais, uma das principais batalhas que estamos conduzindo é a da sobrevivência desses centros e sua adequação às necessidades da população”, explica Heloísa Rey Farza, coordenadora da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica.
No país, quase 108 mil casos por ano
Em 2006, foi criado um Sistema Nacional de Notificações, com o objetivo de melhorar o registro de casos de intoxicação no país. Os dados nacionais têm características semelhantes às do estado do Rio. Os últimos números disponíveis são de 2006, quando foram registrados 107.958 casos de intoxicação humana.
Os principais agentes tóxicos que causaram intoxicações foram os medicamentos (30,5%), os animais peçonhentos (19,9%) e os domissanitários (11%), que incluem produtos como água sanitária e detergentes.
As crianças menores de 5 anos são vítimas em 24,1% do total de casos no país, enquanto os adultos de 20 a 29 anos respondem por 18,9%, e os de 30 a 39 anos, por 13,6% dos casos.
Como ligar
O Disque-intoxicação (0800-722-6001) funciona 24 horas por dia. O número pode ser discado de qualquer região do país e a ligação é direcionada para o centro mais próximo. Segundo a médica Lília Guerra, é importante ter em mãos o rótulo do produto e dados sobre a sua composição química ao ligar para o serviço. Em casos de acidentes, deve-se identificar ainda o horário em que ocorreu e a quantidade que foi ingerida.
(Fonte: G1)
sábado, 6 de setembro de 2008
Metais tóxicos são encontrados em medicamentos
Pessoas que compram medicamentos ayurvédicos, comumente utilizados ao redor do mundo por indianos e outros povos do sul da Ásia, podem estar levando mais do que esperavam.
Pesquisadores examinaram quase 200 produtos ayurvédicos, comprados nos Estados Unidos, e concluíram que cerca de um quinto deles continha chumbo, mercúrio ou arsênio, às vezes em níveis altamente perigosos.
Na edição de 27 de agosto do periódico The Journal of the American Medical Association, os pesquisadores recomendaram que as agências reguladoras estabeleçam limites de dosagem diária para metais tóxicos em suplementos dietéticos e obriguem os fabricantes a testar seus produtos para que estejam em conformidade com tais padrões.
Os pesquisadores colocam em dúvida a crença, sustentada pelos praticantes de rasa shastra, de que os metais não causam danos quando o preparo do medicamento é correto.
Tradução: Amy Traduções
The New York Times
sábado, 30 de agosto de 2008
sábado, 2 de agosto de 2008
Efeitos tóxicos da poluição em nosso organismo....
Então vale tomar alguns cuidados como beber muito líquido, principalmente água, se hidratar de verdade, e se possível evitar esforços físicos para não sobrecarregar o organismo nesses dias.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Gestão de resíduos sólidos
Pretendem formar um consórcio e a reunião inicial tem por objetivo apresentar e discutir com os prefeitos as diretrizes gerais e específicas para o setor de resíduos sólidos, a serem viabilizadas com recursos do governo federal por intermédio do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
A proposta a ser elaborada será construída conjuntamente com os municípios, numa perspectiva participativa, visando desenvolver ações com foco na qualidade de vida dos catadores, que serão inseridos nesse processo como parceiros para redução do impacto ecológico do lixo.
Para os municípios, além de aterros sanitários, também estão previstas obras de implantação de unidades de triagem, área de compostagem, área de transbordo e triagem para resíduos de construção civil, drenagem e tratamento de chorume, o líquido resultante da decomposição do lixo. (Fonte: MMA)
domingo, 13 de julho de 2008
Até quando o descaso com contaminações irão durar???
Os resíduos tóxicos ainda não foram eliminados. Ninguém examinou até que ponto, ao longo de mais de duas décadas, as substâncias tóxicas se alastraram pelo solo e pela água da região, exceto em checagens esporádicas de uma agência ambiental estadual, que constatou que os resíduos de pesticidas nos poços da vizinhança excediam muito os níveis tolerados.
Além disso, ninguém deu importância às preocupações daqueles que beberam a água contaminada e cultivavam hortas caseiras em solo contaminado, pessoas cujos filhos agora apresentam doenças que vão de lábio leporino a retardo mental, numa segunda geração de vítimas de Bhopal, embora seja impossível determinar com precisão a causa dessas anomalias.
E infelismente essa é somente mais uma das noticias sobre o descaso com contaminações, que ocorrem todos os dias no mundo.
É preciso que todos comecem a repensar a falta de responsabilidade e de atitude para com o planeta e as pessoas, senão onde esse tipo de ação irá nos levar?
http://noticias.terra.com.br/ciencia
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Picolé funcional....com potencial antioxidante
Agência FAPESP – O bagaço de duas variedades de uva, subproduto do processamento de vinhos e sucos que normalmente é descartado, pode contribuir para a redução do risco de cânceres e doenças cardiovasculares. A conclusão é de Emília Ishimoto, pesquisadora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
As enzimas antioxidantes do bagaço de uva foram mensuradas no fígado dos animais.
“Algumas dessas enzimas hepáticas também tiveram aumento estatístico considerável. A enzima catalase, por exemplo, que protege o organismo contra a ação de radicais livres, teve seu poder de ação dobrado”, contou Emília.
“Com a melhora do perfil antioxidante dos animais também é reduzido o risco de várias doenças relacionadas ao estresse oxidativo, como câncer, diabetes, Parkinson e Alzheimer. Quase todo o resíduo de bagaço consumido no Brasil para produção de vinho e suco é desprezado na natureza, ainda que seja um suplemento alimentar de baixo custo e com alto valor nutricional”, disse.
Com alguns dados estatísticos sobre o perfil lipídico e antioxidante dos grupos que se alimentaram com o bagaço em mãos, a pesquisadora deu início ao desenvolvimento de um processo de produção de um sorvete, tanto de massa como picolé, utilizando bagaço de uva como ingrediente funcional.
Para verificar seu potencial de comercialização, ela realizou uma avaliação sensorial com 43 indivíduos, por meio de um método para medir a aceitação do paladar em uma escala variável de sabor.
“Os sorvetes foram aprovados sensorialmente e, após completarmos esse ciclo, fizemos o depósito de patente do processo de produção do sorvete e da farinha. Com esse mesmo processo também é possível produzir outros alimentos como bolos, pudins, iogurtes e barras de cereal”, afirmou.
O trabalho, que teve orientação de Elizabeth Ferraz da Silva Torres, do Departamento de Nutrição da FSP, foi realizado no âmbito de um projeto apoiado pela FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa. Participaram também pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Já passou da hora de acabar com intoxicações nos oceanos e rios......
A mancha de óleo de 20 km de comprimento, se não for contida, poderá chegar a Buenos Aires pelo rio da Prata. Em casos como esse, até que a complexa operação de contenção da mancha seja efetivada, utilizando diversas técnicas e mobilizando centenas de pessoas, o desastre ambiental pode estar consumado.
Uma nova tecnologia desenvolvida no Brasil promete funcionar como os primeiros socorros para uma emergência desse tipo, minimizando os estragos.
Trata-se de um pó composto por surfactantes (que reduzem a tensão superficial de uma solução) e um agente inerte. Ao ser jogado na água, o produto forma um filme ultrafino, com a espessura de uma única molécula, que confina a mancha de óleo em uma área limitada e a comprime, aumentando sua espessura e facilitando a limpeza.
De acordo com o diretor científico da Lótus Química Ambiental, Marcos Gugliotti, que desenvolveu o coletor de óleo em projeto apoiado pelo programa Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa (Pipe), da FAPESP, o produto oferece uma opção de pré-remediação eficiente.
“Quando há um acidente, até que se faça o deslocamento de barreiras de contenção e skimmers [que separam o óleo da água] para o local, a mancha se espalha, resultando em grandes estragos ambientais. O produto que desenvolvemos permite que uma única lancha aplique o pó na água, nos limites da mancha, reduzindo sua extensão”, disse o pesquisador.
Segundo ele, para cada quilômetro de perímetro da mancha de óleo, é preciso aplicar 2,5 quilos do pó. “O produto age de diversas formas. Primeiro ele reduz o espalhamento da mancha de óleo, confinando-a. Depois, por ter alta pressão superficial, ele se espalha rapidamente e começa a reduzir a superfície da camada de óleo, aumentando sua espessura e facilitando a remoção”, explicou.
O pesquisador explica que o produto é autofóbico, isto é, não se espalha sobre si mesmo. “Se o pó for jogado na água, ele se espalha até atingir a mancha, confinando-a. Se for jogado sobre o óleo, passa por cima dele e atinge a água rapidamente, produzindo o mesmo efeito”, apontou.
O produto é biodegradável em 48 horas. “O coletor é insolúvel, não se misturando com a água e mantendo-se apenas na superfície. Ele também não é tóxico e não altera a qualidade da água”, disse.
Foram realizados diversos testes em laboratório, além de dois testes preliminares de espalhamento e impacto ambiental na represa do Broa, no interior paulista. “Em um dos testes de laboratório, utilizando petróleo, a mancha de óleo foi reduzida em cinco vezes, em questão de poucos segundos”, afirmou Gugliotti.
Em outro teste, feito em uma marina em Santos (SP), Gugliotti utilizou um pulverizador agrícola para espalhar o produto. “O óleo era visível na superfície da água e obtivemos uma redução rápida e ampla da mancha. Os dados foram registrados e o teste foi fotografado”, disse.
Gugliotti procura agora uma empresa para fazer o licenciamento da patente do produto. “Queremos ceder os direitos para que alguma companhia produza e venda o produto”, disse.
O produto também foi apresentado para uma comissão do setor de emergência da Cetesb. “Estamos negociando com a instituição um teste em uma piscina olímpica em Guarulhos”, disse.
Os principais resultados da pesquisa foram apresentados em pôster na Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), realizada em Águas de Lindóia (SP) no fim de maio.
Mais informações: lotusqa@uol.com.br, ou pelo telefone (11) 9158-5178, com Marcos Gugliotti.
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Regulamentação do uso de animais como cobaias
Por Isabel Braga - O Globo
BRASÍLIA - A Câmara aprovou nesta terça a regulamentação do uso de animais como cobaias em atividades de ensino e pesquisa no Brasil. O projeto define as regras de utilização dos animais e atribui ao Ministério da Ciência e Tecnologia a tarefa de conceder o licenciamento para o uso, o credenciamento das instituições e a fiscalização do cumprimento das normas. O projeto segue para o Senado.
A falta de regras claras estava dificultando pesquisas no país, principalmente porque o uso estava sendo questionado por entidades de proteção de animais. O projeto diz que o uso de animais como cobaias ficará restrito a estabelecimentos de ensino técnico de segundo grau da área biomédica e aos estabelecimentos de ensino superior. E que não serão consideradas como atividades de pesquisa as práticas zootécnicas relacionadas à agropecuária.
O projeto estabelece que a morte das cobaias se darão com o mínimo de sofrimento físico ou mental. E diz que não será considerado experimento em animais a profilaxia e o tratamento veterinário; o anilhamento, a tatuagem, a marcação ou a aplicação de outros método que permita identificar o animal (desde que a dor ou aflição causada seja apenas momentânea). Isso no caso, por exemplo, da pecuária, onde os donos marcam seu gado ou de monitoramento de tartarugas e outros animais (anilhamento).
O projeto cria o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), que irá credenciar as instituições para a criação ou utilização das cobaias, estabelecer e rever normas técnicas para cuidados com os animais, seguindo normas internacionais. Será presidido pelo ministro de Ciência e Tecnologia e terá representantes de outros ministérios (Educação, Saúde, Agricultura e Meio Ambiente), representantes de universidades, cientistas, entre outros. Os conselheiros não serão remunerados.
Cada instituição que utilizar cobais para pesquisa terá que constiuir Comissões de Ética, formadas por médicos veterinários, biólogos, docentes e pesquisadores e um representante de sociedades protetoras de animais. Essas comissões terão que examinar os procedimentos da pesquisa, manter um cadastro atualizado do que está sendo realizado, enviando cópia ao Concea, noticiar acidentes com animais, entre outras atribuições.
Continue lendo em:
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2008/05/20/camara_dos_deputados_aprova_regulamentacao_de_uso_de_animais_como_cobaias-427484081.asp
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Nanotecnologia e o Re-arranjo do lixo tóxico
O QUE É
1.Origem: os estudos tiveram início em meados do século passado, quando o Nobel de física Richard Feynman (1918-1988) propôs em discurso a manufatura de elementos átomo por átomo. E a nanotecnologia é a ciência da criação de máquinas que manipulam um átomo por vez
APLICAÇÕES
1.Diversidade: Não há limite para imaginar o que será possível fazer com os nanorrobôs. Uma das mudanças a que vamos assistir num futuro próximo é a proliferação do processo de “nanofatura” de nanotubos. Desse avanço, podem decorrer inúmeros outros, principalmente no campo da tecnologia e na área médica
sábado, 3 de maio de 2008
Plantas Tóxicas no Brasil
Informações por espécies:
Continue lendo em:
http://www.fiocruz.br/sinitox/prognacional.htm
Informações do site da FIOCRUZ
terça-feira, 29 de abril de 2008
Aspectos toxicológicos sobre o uso do plástico reciclado para contato direto com alimentos.
A principal preocupação sobre o uso do plástico reciclado para essa aplicação é proveniente da presença de substâncias desconhecidas, as quais podem potencialmente migrar da embalagem para o alimento. Nesse cenário, o estudo das principais fontes de contaminação das embalagens plásticas pós-consumo assume um papel importante no estabelecimento de um critério que assegure a segurança do reciclado em aplicações para contato com alimentos.
Uma vez que há uma grande diversidade de fontes de contaminantes antes e após a disposição final desse material, a avaliação de processos de reciclagem com relação a sua aptidão em produzir plástico reciclado para contato com alimentos normalmente é realizada através do uso de contaminantes modelo sob condições padronizadas. Os grandes desafios para a escolha dos contaminantes modelo advém da vasta quantidade de compostos orgânicos que podem representá-los nas vias reais de contaminação, das dificuldades analíticas e da escassez de dados de difusão e solubilidade desses contaminantes orgânicos em polímeros.
Como as fontes de contaminação normalmente possuem formulações universais e diferem apenas nas proporções e combinações dos ingredientes, os contaminantes modelo podem ser mundialmente unificados independente do país em que as tecnologias de reciclagem venham a ser avaliadas. No entanto, o uso de coeficientes de segurança deve ser incluído e considerado imprescindível, visto a dificuldade em reproduzir as especificidades das vias reais de contaminação.
Com o objetivo de descrever o estado da arte quanto aos aspectos supracitados, neste documento foram apresentados comentários relacionados às fontes reais de contaminação de plástico pós-consumo e às exigências necessárias para avaliar capacidade de processos de reciclagem em produzir plástico reciclado para contato com alimentos.
Unitermos: contaminantes modelo, carcinogênicos, plástico reciclado, embalagens de alimentos.
Fonte: http://www.sbtox.org.br/
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Antioxidantes e seus mecanismos
Nos últimos anos, vários estudos in vivo têm mostrado que um radical livre conhecido como tempol possui a capacidade de desativar oxidantes agressivos para os organismos, protegendo-os de doenças associadas a processos inflamatórios. Mas, embora tenha sido constatada, essa propriedade não poderá ser utilizada para o desenvolvimento de terapias enquanto seus mecanismos não forem desvendados. Um novo estudo realizado por pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) aponta caminhos para o conhecimento desses processos. A pesquisa, realizada por Ohara Augusto e Sandra Vaz, do Departamento de Bioquímica do Insituto de Química (IQ) da USP, terá seus resultados publicados nesta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas). De acordo com Ohara, admite-se atualmente que a maioria das doenças tem importante componente inflamatório. A proposta do trabalho, de pesquisa básica, era ampliar o conhecimento sobre os eventos moleculares que acirram as lesões nos tecidos causadas por esses processos inflamatórios.
“Quando se amplia esse conhecimento, estabelecem-se bases mais sólidas para desenvolver novas abordagens terapêuticas para o tratamento de doenças tão diferentes como derrame, asma ou esclerose múltipla”, disse à Agência FAPESP.
A pesquisa, toda feita in vitro, utilizando experimentos em tubos de ensaio, computadores e simulações, procurou compreender a capacidade do tempol para agir como um protetor in vivo. “Essa ação havia sido constatada há muito tempo em muitos estudos internacionais em modelos animais”, disse a professora titular da USP, cujo grupo publicou, no início do ano, uma revisão sobre o assunto nos anais da Academia Brasileira de Ciências (ABC). O tempol é um radical livre externamente estável sintetizado na década de 1970 por cientistas russos. Desde 2002 os pesquisadores da USP procuram compreender os mecanismos de ação desse cristal laranja que é considerado um antioxidante não-clássico.
“Falamos muito da esperança de terapias com base em antioxidantes como vitamina C ou betacaroteno. Mas, quando recorremos à literatura, o que conseguimos é uma grande frustração”, disse a autora do livro Radicais Livres: Bons, Maus e Naturais, lançado em 2006.
Derivado nacional
Segundo Ohara, todos os estudos clínicos com esses antioxidantes clássicos falharam. Houve pouco impacto em doenças de vários tipos, principalmente nas cardiovasculares, que são mais estudadas. Por razões científicas, os pesquisadores decidiram focar os estudos nos antioxidantes não-clássicos. “Comecei a estudar a interação do tempol com a enzima conhecida como mieloperoxidase, que é de grande relevância em processos inflamatórios. Os níveis circulantes dessa enzima têm sido usados como marcador de risco de doenças cardiovasculares”, afirmou. A mieloperoxidase (MPO) é importante para a defesa imune inata. Sendo abundante em células do sistema imune, é efetiva contra microganismos invasores, como bactérias. Mas, por eliminar esses organismos, produz oxidantes e, em determinadas circunstâncias, a oxidação lesa os tecidos. 'Estudamos como o tempol inibe a nitração de proteínas mediada pela MPO. Esse processo químico, quando ocorre em nossos organismos, indica que está havendo uma superprodução de óxido nítrico. O que fizemos foi estudar detalhadamente esse mecanismo. A conclusão foi que o efeito protetor do tempol ocorre principalmente porque ele consegue desativar os oxidantes produzidos pela MPO”, explicou. Com os resultados, a professora da USP deverá apresentar ao Instituto do Milênio Redoxoma, coordenado por ela, uma proposta para o desenvolvimento de um derivado nacional do tempol, que é um produto patenteado. “A estratégia seria modificar a molécula do tempol de forma que mantivesse o mesmo grupo químico. Ao compreender bem as reações poderíamos fazer um desenho mais racional de terapia. Além do efeito denitróxido, seria interessante direcionar o composto para se ligar na enzima e tentar impedir que alguns oxidantes se formassem”, apontou.
O problema atualmente, segundo Ohara, é direcionar o composto para que ele não tenha outros efeitos. “O tempol é um radical livre que oxida muito rapidamente e reage com inúmeras substâncias em uma velocidade enorme. É efetivo para desativar os oxidantes, mas é preciso saber se haverá outros efeitos também”, disse. O artigo Inhibition of myeloperoxidase-mediated protein nitration by tempol: Kinetics, mechanism and implication, de Ohara Augusto e Sandra Vaz, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em http://www.pnas.org/
sábado, 19 de abril de 2008
Indicações e limites das análises toxicológicas para substâncias psicoativas.
Para a real eficácia da prevenção, são necessárias três etapas distintas: agente (substância psicoativa), ambiente (comportamento social) e hospedeiro (indivíduo consumidor).
Na intervenção ambulatorial para dependentes de cocaína (IAC) implantada no GREA IPq _ HCFMUSP, introduzimos a realização das análises com o objetivo de avaliar a confiabilidade do consumo de cocaína e a efetividade do tratamento.
As análises para detecção de substâncias psicoativas vêm ganhando destaque nas últimas três décadas. Este trabalho tem como intuito discutir indicações e limites nas análises toxicológicas e o principal objetivo de divulgar que estes procedimentos estão disponíveis, colocando a relação custo/benefício bastante positiva e ao alcance da sociedade.
Autores:
Silvia Akemi Odo1, Adriano C. Araújo1, Alessandra F. dos Santos1, Fernanda C. P. Toledo1, Maurício Yonamine1, Ovandir Alves Silva2, Marcos da Costa Leite3
1-Pós-graduando da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.
2-Professor responsável pelo LAT _ Laboratório de Análises Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.
3-Subsecretário (Tratamento e Prevenção) do SENAD, Secretaria Nacional Antidrogas, Brasília. Coordenador do IAC _ Intervenção Ambulatorial para Dependentes de Cocaína do GREA _ Grupo Multidisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do IPq-HC da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
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http://www.adroga.casadia.org/tratamento/analises_toxicologicas_para_substancias_psicoativas.htm
quinta-feira, 17 de abril de 2008
EUA temem riscos de substância presente em plástico
O estudo do National Toxicology Program (NTP), ou Programa Nacional de Toxicologia, afirma que testes com animais realizados em laboratórios revelaram que pode haver uma ligação entre o bisphenol A e tumores pré-cancerosos, puberdade feminina precoce e mudanças comportamentais.
Usando um sistema com cinco níveis de classificação, a pesquisa classificou o resultado como representando "alguma preocupação", no meio da escala, abaixo de "preocupação séria" ou "preocupação" e concluiu que é necessário investigar mais os efeitos da substância.
"O que nós temos é um alerta, um sinal. Nós não podemos descartar a possibilidade de que efeitos semelhantes ou relacionados podem ocorrer em humanos", disse Mike Shelby, diretor do Centro para a Avaliação de Riscos à Reprodução Humana, que faz parte do NTP e que supervisionou o estudo.
"Nós esperamos que esse estudo leve o FDA (Food and Drug Administration) a reconhecer o quanto essa substância é tóxica e a forçar os fabricantes a estabelecer novos padrões de segurança", disse Anila Jacob, da organização não-governamental Environmental Working Group, ao The New York Times.
Mas o American Chemistry Council, que representa os fabricantes de produtos de plástico, disse ao jornal que o estudo "afirma que não há preocupações sérias em relação aos efeitos do bisphenol A".
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BBC BRASIL.com
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terça-feira, 15 de abril de 2008
Piolho e substâncias tóxicas...
Foi o que aconteceu recentemente em Criciúma e agora serve de alerta. Uma menina de três anos de idade morreu depois de ser intoxicada por agrotóxico, na tentativa de combater piolhos.
A farmacêutica Vilmair Zancanaro, coordenadora do curso de Farmácia da Universidade do Contestado, campus Caçador e também responsável pelo Centro de Informações de Medicamentos (CIM), explica que a pediculose (piolhos) atinge pessoas de todas as classes sociais e sua incidência é maior na população infantil. De acordo com a Associação Brasileira de Pediculose, a única maneira comprovadamente eficaz para eliminar 100% de piolhos e lêndeas é o uso do pente fino associado a um pediculicida (medicamentos para piolhos) garantido pelo Ministério da Saúde. "O pior inimigo não é o piolho, mas a lêndea. O melhor pediculicida (medicamento) não mata mais que 60% das lêndeas.
A maneira mais simples e eficaz para combater os piolhos é o uso periódico do pente fino tanto para prevenir, como para eliminar lêndeas e piolhos", destaca.
SAIBA- Os piolhos são insetos que se alimentam de sangue humano. Seus ovos, chamados de lêndeas, são esbranquiçados e depositados no fio de cabelo. Quando os insetos se alimentam do sangue, injetam saliva com substâncias que impedem a coagulação do sangue, o que ocasiona a coceira. Nunca se deve utilizar inseticidas ou qualquer substância para eliminar os insetos, sem orientação médica. Na Primavera e Verão são mais comuns os casos de piolho, pois os insetos preferem estações quentes. No Outono e Inverno existe menor incidência de casos.
PREVENÇÃO - Os piolhos se proliferam em ambientes quentes e úmidos. Mas, ao contrário do que se imagina, sua incidência não tem relação direta com a higiene. A pediculose também não respeita barreiras sociais, econômicas ou geográficas e tem alcançado uma proliferação surpreendente, como demonstra o aumento, ano a ano, das vendas de piolhicidas no país.Assim como acontece com as bactérias diante dos antibióticos, os piolhos tornam-se resistentes aos medicamentos, razão das constantes mudanças que os laboratórios fazem em suas fórmulas. As pesquisas têm procurado encontrar um produto eficaz contra os piolhos, mas até que os resultados não se concretizem, o exame periódico da cabeça das crianças e o uso do pente fino é a melhor prevenção. Outro ponto importante é o fato de que os medicamentos contêm substâncias tóxicas.
Todo produto medicinal, toda droga, pode conter certa toxicidade. A reação a ela varia de indivíduo para indivíduo. "Alguns produtos, se utilizados sem controle, podem causar sérios problemas. Se usados em excesso e por um longo período, ao serem absorvidos podem causar até mesmo danos ao sistema nervoso central", destaca Vilmair. No caso dos pediculicidas, podem surgir, por exemplo, irritações cutâneas ou da mucosa ocular. Os especialistas recomendam o uso de espumas - que não escorrem-, ou uma toalha para proteger olhos, boca e ouvidos durante a aplicação dos medicamentos. "O pente fino é o método mais simples e totalmente natural na eliminação de piolhos e lêndeas, não causando alergias ou intoxicação de qualquer espécie", reforça.
PENTE- Alguns benefícios do uso do pente fino e a eliminação total das lêndeas, quebrando assim o ciclo biológico do parasita: Impede a auto-reinfestação e a transmissão a outros; Elimina ou diminui a necessidade eventual de um segundo tratamento, limitando a exposição de crianças muito pequenas e lactantes aos pesticidas; Potencializa a eficácia dos pediculicidas, ao permitir o uso de produtos menos tóxicos; A difusão de práticas para a eliminação de lêndeas obriga a uma observação periódica e metódica da cabeça das crianças. Este é o melhor método de prevenção da pediculose.
"Piolho não se mata com agrotóxico"
A professora da UnC Caçador alerta que a exposição humana a substâncias tóxicas, incluindo agrotóxicos e raticidas, pode levar a danos irreversíveis no organismo ou até ao óbito, tornando-se um grave problema de saúde pública. "Os agrotóxicos são substâncias que podem oferecer perigo para o ser humano, dependendo da toxicidade, do grau de contaminação e do tempo de exposição durante sua aplicação", explica.Segundo ela, o uso incorreto de medicamentos e de agrotóxicos para matar piolhos pode ocasionar internações hospitalares com sintomas de intoxicação. Agrotóxicos e inseticidas têm substâncias químicas que são absorvidas pela pele com rapidez, de acordo com especialistas. Cada minuto com o produto na cabeça aumenta o perigo. "Casos graves de intoxicação podem levar à morte. É o que está acontecendo com várias crianças em todo o país, onde os pais então aplicando agrotóxicos para matar piolhos.
As unidades e postos de saúde dispõem de medicação gratuita no tratamento contra piolhos (pediculose). O medicamento é vendido sob prescrição médica", orienta.
Pelo menos 18 crianças com piolhos foram envenenadas pelo tratamento indevido com agrotóxicos, no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados do Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina.
As autoridades sanitárias de Santa Catarina devem sugerir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) medidas mais rigorosas na venda de agrotóxicos para evitar novos casos de intoxicação.
Sintomas de intoxicação
Intoxicação aguda: náuseas, tonturas, vômitos, desorientação, dificuldade respiratória, sudorese e salivação excessiva, diarréia, chegando até coma e morte.
Intoxicação crônica: distúrbios comportamentais como irritabilidade, ansiedade, alteração do sono e da atenção, depressão, cefaléia (dor de cabeça), fadiga (cansaço), parestesias (formigamentos), etc.
"Todos os agrotóxicos são potencialmente perigosos, podem causar danos à saúde das pessoas, animais e ao meio ambiente. É a classe de produto que mais leva a óbito, por isso, tome cuidado. Em caso de dúvida consulte um especialista ou se perceber algum sintoma após exposição, procure ajuda médica o mais rápido possível", enfatiza a profissional.
Informações obtidas no site: http://www.cdr.unc.br/
domingo, 13 de abril de 2008
Redes Virtuais com temas sobre Toxicologia
http://www.cepis.ops-oms.org
Informação obtida do site da SBTOX: http://www.sbtox.org.br/
sábado, 12 de abril de 2008
1o. Congresso sobre Drogas e Dependências
http://www.abramd.org.br/
outras informações também podem ser conferidas no site: http://www.sbtox.org.br